Feira de Santana mergulhada na violência: realidade alarmante expõe falhas na gestão do governo estadual da Bahia
Por JN Notícias – Feira de Santana, BA
A cidade de Feira de Santana, segunda maior do estado da Bahia, enfrenta uma grave crise de segurança pública. Com índices alarmantes de violência, o município se consolida, ano após ano, entre os mais perigosos do Brasil, refletindo um cenário preocupante de negligência e má administração por parte do governo estadual, comandado pelo Partido dos Trabalhadores (PT).
Índices alarmantes de violência
De acordo com dados recentes do Monitor da Violência, um levantamento realizado pelo G1 em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública e o Núcleo de Estudos da Violência da USP, Feira de Santana está entre as cidades mais violentas do país. Em 2024, a taxa de homicídios por 100 mil habitantes ultrapassou a marca dos 60, colocando o município em uma posição crítica no ranking nacional.
Os crimes mais recorrentes incluem homicídios, assaltos à mão armada, tráfico de drogas, feminicídios e crimes contra o patrimônio. Bairros periféricos como George Américo, Feira IX, Queimadinha, e Rua Nova sofrem com o domínio de facções criminosas, que disputam território e impõem o medo à população.
Consequências sociais devastadoras
A violência constante afeta diretamente o cotidiano dos feirenses. Escolas têm dificuldade de manter aulas regulares em comunidades dominadas por facções. O comércio local sofre com assaltos e extorsões, prejudicando a economia e resultando em fechamento de estabelecimentos. A população vive acuada, refém de um estado que deveria proteger, mas que se mostra ausente ou ineficaz.
Além disso, há impactos psicológicos e emocionais profundos. Famílias enlutadas, jovens perdendo a vida em conflitos armados e o sentimento generalizado de insegurança contribuem para o adoecimento mental da população.
O que tem sido feito?
Apesar de promessas e discursos do governo estadual, as ações efetivas têm sido insuficientes. A ostensividade policial é pontual e não acompanha a complexidade da violência urbana. A falta de investimento em inteligência policial, policiamento preventivo e em programas sociais estruturantes evidencia a ineficiência da gestão petista na Bahia.
O programa estadual Pacto pela Vida, criado com a proposta de reduzir a violência por meio da integração entre polícia e políticas sociais, mostrou-se ineficaz em Feira de Santana. A falta de transparência, a ausência de metas claras e a descontinuidade de ações têm tornado o programa um símbolo de promessas não cumpridas.
Crítica à gestão estadual: uma herança de omissão
O governo estadual da Bahia, há quase duas décadas sob o comando do PT, tem demonstrado uma gestão cada vez mais distante da realidade das ruas. A segurança pública, que deveria ser prioridade, tem sido tratada com descaso, alimentando o avanço do crime organizado e o colapso da ordem pública em municípios como Feira de Santana.
A falta de concursos públicos para reforçar o efetivo policial, a precarização das condições de trabalho dos agentes de segurança, além da ausência de políticas de valorização profissional e investimentos em tecnologia, escancaram o desinteresse da gestão em enfrentar de forma séria a criminalidade.
Enquanto a cúpula do governo estadual se concentra em disputas políticas e propaganda institucional, a população paga com sangue e medo. A omissão custa caro: vidas são perdidas diariamente e o futuro da juventude baiana é ameaçado por um ciclo contínuo de violência e exclusão.
Um chamado à sociedade e às autoridades
É urgente que a sociedade civil, instituições públicas e entidades de classe se mobilizem para cobrar ações concretas. Feira de Santana não pode continuar invisível aos olhos do poder público. A segurança não pode ser tratada como pauta secundária nem como instrumento de palanque eleitoral.
É preciso mais do que promessas. É necessário um novo modelo de segurança pública baseado em inteligência, presença efetiva do Estado, políticas de prevenção e compromisso real com a dignidade humana.
Fonte: JN Notícias