O cristianismo afirma que após a morte segue-se o juízo (Hebreus 9:27), anulando qualquer possibilidade de comunicação com os mortos.
Autor: Pr. Capelão Josenilson Almeida
Capítulo 1 – O que é Espiritismo? Uma Introdução Comparativa com a Bíblia
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O espiritismo, conforme definido por Allan Kardec, baseia-se na crença de que os espíritos dos mortos podem se comunicar com os vivos, trazendo ensinamentos morais e revelações espirituais. Essa doutrina propaga a ideia da reencarnação, da evolução moral do espírito e de um mundo espiritual dinâmico em constante contato com o mundo físico. No entanto, a Bíblia Sagrada apresenta uma perspectiva totalmente oposta. Em Deuteronômio 18:10-12, Deus condena terminantemente qualquer prática que envolva evocação de mortos, necromancia ou consulta a médiuns. A razão dessa proibição está no fato de que tais práticas desviam o ser humano do relacionamento com Deus verdadeiro e o colocam em contato com forças demoníacas. O espiritismo tenta justificar suas práticas com a suposta intenção de fazer o bem e promover consolo, mas esse consolo é enganoso, pois desvia da verdade revelada em Cristo Jesus. O cristianismo afirma que após a morte segue-se o juízo (Hebreus 9:27), anulando qualquer possibilidade de comunicação com os mortos. Assim, a Bíblia não apenas discorda do espiritismo, como o condena como prática abominável aos olhos de Deus.
Capítulo 2 – A Realidade da Morte e o Estado dos Mortos: Visão Bíblica vs. Espiritismo
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A Bíblia ensina claramente que a morte é um estado de separação entre o corpo e a alma, e que não há mais oportunidade de mudança ou comunicação após esse evento. Eclesiastes 9:5-6 diz: “Os mortos não sabem coisa nenhuma… nem tão pouco eles têm jamais parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol.” Essa passagem demonstra que os mortos não têm consciência das ações dos vivos, tampouco podem intervir no mundo físico. O espiritismo, ao ensinar que os mortos continuam ativos e se manifestam, contraria diretamente a doutrina bíblica da morte. A parábola do rico e Lázaro (Lucas 16:19-31) reforça que há um abismo intransponível entre os que morrem salvos e os que morrem perdidos. O espiritismo, ao ensinar a reencarnação, nega o juízo imediato e pessoal após a morte, promovendo um ciclo interminável que não possui base bíblica. A exegese dos textos do Antigo e Novo Testamento não dá margem para interpretações que sustentem tal doutrina. A esperança cristã está na ressurreição dos mortos em Cristo, não na comunicação com os mortos. O espiritismo não reconhece a suficiência da obra de Cristo na cruz, o que constitui um grave erro teológico.
Capítulo 3 – O Espiritismo e a Escatologia Bíblica: Um Confronto Direto
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Do ponto de vista escatológico, o espiritismo apresenta um plano de evolução espiritual progressiva através de várias vidas, negando conceitos fundamentais da escatologia cristã, como o juízo final, a ressurreição dos corpos e a segunda vinda de Cristo. A Bíblia, por outro lado, é clara ao afirmar que haverá um juízo final (Apocalipse 20:11-15), e que todos comparecerão diante do trono de Deus para serem julgados segundo suas obras. O espiritismo não reconhece esse juízo como um evento único e decisivo, substituindo-o por um processo contínuo e impessoal. A escatologia bíblica ensina que após a morte vem o juízo, e não uma nova chance de aperfeiçoamento espiritual. Além disso, o espiritismo não crê no inferno como um lugar real de condenação eterna, algo que Jesus afirmou repetidamente em seus ensinamentos (Mateus 25:46). A negação dessas doutrinas compromete toda a mensagem da cruz, pois, se não há condenação eterna, então o sacrifício de Jesus seria desnecessário. O estudo escatológico bíblico não permite compatibilização com a doutrina espírita. Portanto, espiritismo e escatologia cristã são conceitos teologicamente irreconciliáveis.
Capítulo 4 – A Exegese Bíblica sobre a Comunicação com os Mortos
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A análise exegética dos textos bíblicos que abordam a necromancia confirma que tais práticas são pecaminosas e espiritualmente perigosas. Em 1 Samuel 28, temos o caso de Saul consultando a médium de En-Dor. Embora alguns interpretem que Samuel apareceu, a maioria dos estudiosos afirma que Deus permitiu uma exceção soberana para julgar Saul, e não uma norma de comunicação com mortos. A narrativa tem um tom sombrio, demonstrando a decadência espiritual de Saul e não validando a necromancia. Isaías 8:19-20 também reprova a busca por médiuns, afirmando que “à lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, jamais verão a alva.” O padrão divino é ouvir somente a revelação bíblica, e não consultar espíritos. A exegese bíblica evidencia que os que se envolvem com o espiritismo estão sendo enganados por espíritos demoníacos que se disfarçam como anjos de luz (2 Coríntios 11:14). A fidelidade ao texto bíblico não permite que os cristãos pratiquem ou simpatizem com qualquer forma de espiritismo. Essa prática é vista como rebeldia contra Deus e um convite ao engano espiritual.
Capítulo 5 – A Pessoa de Jesus Cristo Contra a Doutrina Espírita
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O espiritismo respeita Jesus como um espírito evoluído, um mestre moral, mas não o reconhece como Filho de Deus, Salvador e Senhor. Isso fere profundamente a cristologia bíblica. Jesus não apenas veio ao mundo como homem, mas como o próprio Deus encarnado (João 1:1,14). Ele declarou: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida.
Ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6). O espiritismo, ao propor diversos caminhos para o aperfeiçoamento, nega a exclusividade de Cristo como mediador entre Deus e os homens (1 Timóteo 2:5). Isso o torna, segundo a perspectiva bíblica, uma heresia destruidora. Cristo veio para salvar o homem do pecado, não para ensinar evolução espiritual por reencarnação. A cruz de Cristo é o centro da fé cristã, e a ressurreição é a vitória sobre a morte. A doutrina espírita, ao desconsiderar a cruz, rejeita o plano de salvação estabelecido por Deus. Portanto, seguir o espiritismo é, de forma direta, rejeitar a Cristo como Salvador e Senhor. O verdadeiro cristão deve discernir essas diferenças e permanecer firme na sã doutrina.
Conclusão – O Espiritismo é Incompatível com a Fé Cristã
O estudo bíblico, escatológico e exegético revela com clareza que o espiritismo é incompatível com a fé cristã. Seus fundamentos doutrinários contrariam os ensinos de Jesus, a revelação da Escritura e os princípios da escatologia cristã. A crença na reencarnação, a comunicação com os mortos, a negação do juízo final e do inferno, bem como a rejeição da divindade de Cristo, são erros fatais à luz da Bíblia. Deus condena expressamente qualquer prática que envolva médiuns, necromancia ou consulta a mortos. A exegese dos textos demonstra que não há base bíblica para tais práticas. A escatologia cristã aponta para um juízo eterno, não para reencarnações cíclicas. A mensagem da cruz é clara: só há um mediador, um caminho e uma esperança – Jesus Cristo. Qualquer desvio desse caminho é engano espiritual. O espiritismo, por mais que tente parecer moral e racional, conduz à perdição, pois oferece um falso evangelho. O cristão fiel deve rejeitar toda forma de espiritismo, proclamando a verdade do Evangelho com coragem, amor e fidelidade às Escrituras. Oremos para que muitos sejam libertos desse engano e conheçam a verdade que há em Cristo Jesus.
Autor: Pr. Capl: Josenilson Almeida